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2 de abril de 2010

Silvano Sulzarty: PESQUISA BIBLIOGRÁFICA: TRANSCREVENDO CONCEITOS E CITANDO AUTORES NOS TRABALHOS ACADÊMICOS

Silvano Sulzarty: PESQUISA BIBLIOGRÁFICA: TRANSCREVENDO CONCEITOS E CITANDO AUTORES NOS TRABALHOS ACADÊMICOS

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA: TRANSCREVENDO CONCEITOS E CITANDO AUTORES NOS TRABALHOS ACADÊMICOS

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA: TRANSCREVENDO CONCEITOS E CITANDO AUTORES NOS TRABALHOS ACADÊMICOS


Para produzirmos um trabalho acadêmico (artigo, monografia, tese, dissertação, relatório de estágio e etc), precisamos utilizar várias técnicas cientificas, e uma destas técnicas, é a pesquisa bibliográfica. Realiza-se diversas leituras, em várias fontes diferentes, produzindo resumos, resenhas e fichamentos. Depois, dos dados coletados, inicia-se a fase da transcrição dos dados que servirá como base para fundamentar os argumentos, e explicar os fatos, não perdendo de vista o objeto de estudo.

Para a professora Márcia Rita Trindade Leite Malheiros (2010), a pesquisa bibliográfica levanta o conhecimento disponível na área, possibilitando que o pesquisador conheça as teorias produzidas, analisando-as e avaliando sua contribuição para compreender ou explicar o seu problema objeto de investigação.

A referência bibliográfica, tão importante e necessária em uma pesquisa, principalmente quando falamos das pesquisas voltadas para o campo educacional, é um conjunto de elementos descritivos que possibilita a identificação individualizada de uma citação no corpo do texto.

Citação é a menção, no texto, de uma informação extraída de outra fonte. Na produção de um trabalho científico, é comum realizarmos citações dos conceitos de diversos autores sobre o tema que estamos escrevendo, ou melhor, pesquisando.

Podemos citar um autor de diversas formas nos nossos trabalhos acadêmicos, porém existem três formas, especifica de citação que são:

1.CITAÇÃO DIRETA: 3 LINHAS

A citação direta é a transcrição textual dos conceitos do autor consultado. A transcrição do texto de até 3 linhas deve conter aspas duplas.

Exemplo 01:

NÓVOA (2002, p. 23) diz que: “O aprender contínuo é essencial e se concentra em dois pilares: a própria pessoa, como agente, e a escola, como lugar de crescimento profissional permanente.”

Exemplo 02:

TARDIF (2002) defende que o saber não se reduz, exclusiva ou principalmente, a processos mentais, cujo suporte é a atividade cognitiva dos indivíduos, mas é também um saber social que se manifesta nas relações complexas entre professores e alunos. Há que “situar o saber do professor na interface entre o individual e o social, entre o ator e o sistema, a fim de captar a sua natureza social e individual como um todo” (TARDIF, 2002, p.16).

2.CITAÇÃO DIRETA COM MAIS DE TRÊS LINHAS


Quando existir a necessidade de realizar uma transcrição no texto com mais de três linhas, a mesma deve estar em parágrafo independente, com recuo de 4 cm da borda esquerda, digitados em espaço 1 e com letra menor que a do texto e sem aspas.

Exemplos 3:

Para NÓVOA,

As situações conflitantes que os professores são obrigados a enfrentar (e resolver) apresentam características únicas, exigindo portanto características únicas: o profissional competente possui capacidades de autodesenvolvimento reflexivo (...) A lógica da racionalidade técnica opõe-se sempre ao desenvolvimento de uma práxis reflexiva. (NÓVOA 1995, p.27)

SCHÖN salienta que:

Nessa perspectiva o desenvolvimento de uma prática reflexiva eficaz tem que integrar o contexto institucional. O professor tem de se tornar um navegador atendo à burocracia. E os responsáveis escolares que queiram encorajar os professores a tornarem-se profissionais reflexivos devem criar espaços de liberdade tranqüila onde a reflexão seja possível. Estes são os dois lados da questão – aprender a ouvir os alunos e aprender a fazer da escola um lugar no qual seja possível ouvir os alunos – devem ser olhados como inseparáveis. (SCHÖN 1997, p. 87)


3.CITAÇÃO INDIRETA

Muitas das vezes, para afirmar nossos argumentos no corpo do texto, parafraseamos os autores consultados para a elaboração de um artigo ou monografia, que é a transcrição livre do texto. Não é necessário o uso das aspas.

Exemplo 04:

De acordo com Ruiz (1991), a pesquisa de campo consiste na observação dos fatos tal como ocorrem espontaneamente, na coleta de dados e no registro de variáveis presumivelmente relevantes para ulteriores análises. Um estudo de caso busca compreender a dinâmica dos processos constitutivos, envolvendo um diálogo do pesquisador com a realidade estudada. Ainda segundo este autor, as etapas que compõem a pesquisa de campo são: pesquisa bibliográfica, determinação de técnicas de coleta, registro e análise dos dados.




CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao elaborar um projeto de pesquisa e iniciar o levantamentos dos dados, será necessário também pensar nos autores que fundamentará nossos argumentos. Diante do que foi discutido, e das formas de realizar citações, percebe-se que é um trabalho técnico, porém precisamos escolher cuidadosamente quem vamos citar em nossos trabalhos, para garantir o enriquecimento e a legitimidade cientifica. É importante que em trabalhos voltados para a educação, o pesquisador procure analisar se já existem pesquisas com o mesmo fico da sua, e como o mesmo, construirá uma pesquisa diferenciada com um objeto de estudo que possa apresentar novos aspectos e contribuições para a educação.


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

MEDEIROS, João Bosco. Redação científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
MALHEIROS, Márcia Rita Trindade Leite . Pesquisa na Graduação. Disponível em:www.profwillian.com/_diversos/download/prof/marciarita/Pesquisa_na_Graduacao.pdf. Acessado em: 27/042010.
NÓVOA, A. (coord.). Os professores e a sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1995.
_________________. . (Org.). Vidas de professores. Porto: Editora Porto.2002.
OLIVEIRA, Jorge Leite de. Texto acadêmico. 3 ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2007.
TEIXEIRA, Elizabeth. As três metodologias: acadêmica, da ciência e da pesquisa. 4 ed. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2007
RUIZ, João Álvaro. Metodologia Científica: guia para eficiência nos estudos.
3. ed. São Paulo: Atlas, 1991.

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