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28 de dezembro de 2011

Cursos de inglês, francês e espanhol: inscrições prorrogadas



Estão sendo ofertadas 300 vagas para novas turmas dos cursos de férias de inglês, espanhol e francês (nível básico) da ong Pierre Bourdieu.

Inscrições: até dia 7 de janeiro, das 8h às 21h, na sede da ong Pierre Bourdieu, no Largo dos Aflitos, centro antigo de Salvador.

Investimento: R$ 240 (à vista) ou R$ 260 (parcelado no cartão de crédito).
Informações: (71) 3328-2801 e 3491-0199.

Realização: ong Pierre Bourdieu, em parceria com os núcleos de estudos Hispânicos (Nehis) e Canadenses (NEC) da UNEB.

A ONG Pierre Bourdieu, em parceria com os Núcleos de Idiomas da UNEB - NEC e NEHIS - está com inscrições abertas até o dia 07 de janeiro para as turmas intensivas de férias do curso de inglês, francês e espanhol. O curso terá início no dia 09 de janeiro de 2012, com término no dia 27 do mesmo mês. Será cobrada uma taxa única de R$ 240 (à vista) ou R$ 260 (dividido em até três vezes no cartão de crédito). As vagas são limitadas. As inscrições devem ser realizadas na sede da Pierre Bourdieu, no Largo dos Aflitos, nº 04, Edf. Santa Maria – Centro. O aluno poderá optar por fazer o curso no Centro ou Pituba.

A Cura da Homossexualidade Existe? “Comprender y sanar la homosexualidad”



O livro “Comprender y sanar la homosexualidad” (“Compreender e curar a homossexualidade”, em tradução literal), do psicoterapeuta Richard Cohen, foi retirado da livraria virtual de uma grande cadeia espanhola de lojas de departamento diante da avalanche de protestos.

A Federação Andaluza de Associações LGTB (lésbicas, gays, transexuais e bissexuais) afirmou nesta terça-feira em comunicado que o grupo El Corte Inglés retirou o livro de sua livraria virtual, embora ainda permaneça em suas lojas.

Segundo essa organização, a empresa também pediu desculpas nas redes sociais às pessoas que se sentiram “ofendidas” pelo livro.

Cohen, que diz ter “curado” durante os últimos quinze anos a “milhares” de homens e mulheres que sentiam atração por pessoas do mesmo sexo, escreveu o livro a partir de sua própria experiência pessoal, já que garante que, após ser homossexual “durante décadas”, voltou a ser heterossexual.

“Se estamos decididos, contamos com o amor de Deus e o apoio de outras pessoas, a cura é possível”, ressalta Cohen em entrevista publicada no site da editora que traduziu o livro para o espanhol.

A decisão de retirar o livro de sua loja virtual foi tomada pelo El Corte Inglés após conhecer os protestos que sua venda suscitou na internet após uma iniciativa da Actuable, uma comunidade online de pessoas e organizações “que unem esforços para lutar contra as injustiças”.

Em apenas três horas, segundo informou em comunicado esta plataforma de ativismo, mais de quatro mil pessoas expressaram sua “indignação” pela venda do livro.

Para a Federação Andaluza de Associações LGTB, a retirada do livro é uma “vitória do ativismo”.‘Foram de grande ajuda as ferramentas das novas tecnologias da informação e comunicação, que permitiram uma pronta e decisiva atividade por parte dos cidadãos’, destacou esta organização em comunicado.

Na opinião da organização, o livro pode provocar “não só a desinformação radical sobre a própria classe LGTB, mas uma clara ameaça para os jovens homossexuais e transexuais e suas famílias baseada nos tão condenados e temidos tratamentos reparadores”.

Fonte: http://www.livrosepessoas.com/

2 de dezembro de 2011

Trabalho realizado na FAMAM: Ludicidade e Alfabetização

O Centro Educacional Maria Milza (CEMAM), instituição educacional e cultural com sede e foro na cidade de Cruz das Almas (Ba.), foi fundado em 01 de novembro de 1998, com o intuito de reverter, pelas vias da educação, o quadro sócio-econômico característico da região. Desde 1995 a Instituição ministra cursos que visam a qualificação profissional de nível médio, observando os princípios humanistas de estímulo à inteligência, à criatividade, à capacidade empreendedora e de valorização a arte e aos valores culturais que identificam e diferenciam o povo cruzalmense e da região do recôncavo baiano.





 








11 de novembro de 2011

Retrato




Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
A minha face?



Cecília Meireles

10 de novembro de 2011

10% dos professores no país fazem "bico"




Semanalmente, a professora de ciências Sonia Maria de Barros Cardoso, 52, leciona 32 horas em duas escolas públicas no Rio. Seu salário é de R$ 1.800.

Para complementar, vende cosméticos, o que lhe rende R$ 1.000 mensais em oito horas semanais. "Em datas comemorativas, chega a ficar igual ao que ganho no magistério", afirma a docente.

Como Sonia, outros 266 mil professores da educação básica do país possuem uma segunda ocupação fora do ensino, um "bico", aponta estudo apresentado no mês passado pelos pesquisadores da USP Thiago Alves e José Marcelino de Rezende Pinto.

O número representa 10,5% do magistério nacional, índice bem acima do da população brasileira (3,5% têm uma segunda ocupação). O estudo usa a Pnad-IBGE e o Censo Escolar-MEC, ambos de 2009, e abrange as redes privada e pública.

Alguns dos mais frequentes "bicos" dos docentes são os de vendedores em lojas e os de funcionários em serviços de embelezamento.

Segundo a pesquisa da USP, os professores recorrem mais à segunda ocupação do que os padeiros, os corretores de imóveis e os PMs.

Polêmica Salarial

Para os autores do estudo, a maior incidência do "bico" entre os professores está relacionada aos baixos salários.

A média salarial dos docentes do ensino fundamental, segundo a pesquisa (entre R$ 1.454 e R$ 1.603 à época), é inferior ao que ganham, em média, corretores de seguro (R$ 1.997) e caixas de bancos (R$ 1.709).

"O professor, com isso, é obrigado a despender energia em ações que não têm a ver com aulas", diz Alves.
Para alguns especialistas, no entanto, a questão não é tão simples.

"Os salários não são uma maravilha, mas, se comparados à média da população, os professores não estão morrendo de fome", afirma Simon Schwartzman, pesquisador do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade.

"Sempre que há concurso para contratação de professores para as redes públicas há uma grande concorrência. Se a profissão fosse tão ruim, não haveria fila", diz Samuel Pessoa, da FGV.

O presidente da CNTE, Roberto Franklin Leão, não se surpreendeu com o resultado da pesquisa. Segundo ele, o estudo apenas reflete a realidade dos baixos salários dos professores brasileiros, "é a categoria que recebe a pior remuneração entre as profissões que exigem ensino superior e por isso, muitos profissionais são obrigados a recorrer à dupla, tripla jornadas de trabalho, além dos bicos, para completar a renda no fim do mês", lamenta Leão. (com informações da Folha de São Paulo)

Fonte: CNTE

Memórias de uma infância








27 de outubro de 2011

Capitães da Areia - Filme baseado no Romance de Jorge Amado



Em Capitães da Areia temos a "cidade alta" como cenário principal. Pedro Bala é o chefe de um grupo de jovens arruaceiros que roubam para sobreviver. Nunca ninguém havia mencionado em literatura este bando de jovens que engenhosamente desafia as autoridades, roubando a classe privilegiada e dividindo o produto do roubo entre os seus camaradas subnutridos. 

Embora claramente uma obra de protesto "Capitães da Areia" não se vale de ocas figuras centrais que se limitem a expor determinadas filosofias, tampouco marcas negativas. Ao contrário todas principais personagens, como as secundárias mais significativas, são bem desenvolvidas, ainda que um tanto sentimentalmente capazes mesmo de combater com excessivo preconceito do narrador onisciente. 

Os personagens são em sua maioria masculinos, e dentre eles, Pedro Bala, cuja agilidade sugerida pelo apelido, merece especial atenção - Sem Perna, Pirulito, O Professor são os mais destacados: Ainda temos no grupo João Grande, Volta Seca, Boa Vida muito bem configurados pelos seus apelidos baseados na aparência física.Dora é a única figura feminina merecedora de destaque, pois ela passa a assumir o referencial feminino da família, a mãe.Para alguns ela é uma mãe, para outros uma irmã, e para Pedro Bala uma namorada. Voltando a Pedro Bala, suas valentes façanhas de jovem capitão de enjeitados a organizador comunista dão margem a uma curiosa interpretação. 

Ele e seu bando vivem e agem como muitos jovens nas mesmas circunstâncias. Estes jovens enfrentam o Governo, moram escondidos e garantem o Pão roubado dos ricos.

Os Capitães da Areia se mostram bastantes envolvidos e respeitadores do folclore e religião da Bahia.
Ao mesmo tempo que eles se relacionam bem com o padre José Pedro, eles se dão bem com a Mãe de Santo D. Aninha. Envolviam-se no candomblé, capoeira e respeitavam a igreja.

A justiça se mostrava indiferente ao Capitães da Areia só se preocupando com eles quando roubavam alguém importante! Aí eles eram perseguidos.

A igreja também não se mostrava preocupada com os Capitães da Areia. Apenas o padre José Pedro se interessava em ajudá-los.

A impressa fazia o papel de porta-voz de problemas relacionados aos Capitães da Areia; mas o espaço era sempre e mais destacados quando o material era para acusá-los.

Personagens

Pedro Bala

Era um jovem loiro de 15 anos, que tinha um corte no rosto. Era o chefe dos Capitães da Areia, ágil, esperto, respeitador e sabia respeitar a todos. Saiu do grupo para comandar e organizar os Índios Maloqueiros em Aracaju, desejando com líder do grupo Barandão. Depois disso ficou muito conhecido por organizar várias greves, como perigoso inimigo da ordem estabelecida.

Professor

Era um garoto magro, inteligente, calmo e o único que sabia ler no grupo. O professor era quem planejava os roubos dos Capitães da Areia. Depois de muito tempo aceitou um convite e foi pintar no Rio de Janeiro.

Gato

Era o mais bonito e mais elegante da turma. Tinha em caso com Dalva mulher das noites que todo o dia ia vê-la. Participava dos planos mais arriscados e era muito malandro e esperto. Tempos depois foi embora para Ilheús tentar a sorte.

Sem Pernas

Era um garoto pequeno para sua idade, coxo de uma perna, agressivo, individualista. Era quem penetrava nas casas de família fingindo ser um pobre órgão com o objetivo de descobrir os lugares da casa, onde ficavam os objetos de valor depois fugia e os Capitães da Areia assaltavam a casa. Seu destino foi suicidar-se atirando-se do parapeito do elevador Lacerda, pelo ódio que nutria pela polícia baiana.

João Grande

Era um negro alto, forte e burro. Era também o defensor dos menino pequenos do grupo. Era figura importante no grupo, e realizava os mais audaciosos furtos ao lado de Bala, seu destino foi se mandar como ajudante num navio.

Pirulito

Era magro e muito alto, um cara seca, meio amarelado, olhos fundos, boca rasgada e pouco risonha. Era o único do grupo que tinha vocação religiosa apesar de pertencer ao Capitães da Areia. Quando parou de roubar, para sobreviver vendia jornais, seu destino foi ajudar o padre José Pedro numa paróquia distante.

Boa Vida

Era mulato troncudo e feio, o mais malandro do grupo, e sabia tocar violão, também participava dos principais roubos do grupo. Seu destino foi virar um verdadeiro malandro, que vivia a correr pelos morros compondo sambas.

Volta Seca

Era um mulato sertanejo, afilhado de Lampião que odiava a polícia. Seu destino foi ir para o Nordeste na rabada de um trem, até entrar no grupo de Lampião e virar um cangaceiro destinado.

Dora

Tinha treze para quatorze anos, era a única mulher do grupo e se adaptou bem a ele. Era uma menina muito simples, dócil, bonita, simpática e meiga. Conquistou facilmente o grupo com seus cabelos lisos. Seus pais haviam morrido de alastrine e ela ficou sozinha no mundo com seu irmão pequeno. Tentou arrumar emprego, mais ninguém queria empregar filha de bexiguento. Aí ela encontrou João Grande e professor que a chamaram para morar no Trapiche, e logo ela já era considerada por todos como uma mãe, irmã e para Bala uma noiva. Ela participava dos roubos com os outros meninos. Morreu queimando de febre.

Espaço

A narrativa se desenrola no Trapiche (hoje Solar do Unhão e o Museu de Arte Moderna); no Terreiro de Jesus (na época era lugar de destaque comercial de Salvador); onde os meninos circulavam na esperança de conseguirem dinheiro e comida devido ao trânsito de pessoas que trabalhavam lá e passavam por lá; no Corredor da Vitória área nobre de Salvador, local visado pelo pelo grupo porque lá habitavam as pessoas da alta sociedade baiana, como o comendador mencionado no início da narrativa.

Tempo

A obra apresenta tempo cronológico demarcado pelos dias, meses, anos e horas conforme exemplificam os fragmentos: "É aqui também que mora o chefe dos Capitães da Areia, Pedro Bala. Desde cedo foi chamado assim, desde seus 5 anos. Hoje tem 15 anos. Há dez anos que vagabundeia nas ruas da Bahia."
O tempo psicológico correspondente às lembranças e recordações constantes na narrativa.
A fala de Zé Fuinha (...) "Quando terminaram, o preto bateu as mãos uma na outra, falou:
- Teu irmão disse que a mãe de você morreu de bexiga...
- Papai também...
- Lá também morreu um...
- Teu pai?
- Não. Foi Almiro um do grupo."

Foco Narrativo

A obra "Capitães da Areia" é narrada na terceira pessoa, sendo o autor, Jorge Amado, o narrador apenas o expectador. Ele se comporta, durante todo o desenvolvimento do tema, de maneira indiferente, criando e narrando os acontecimentos sem se envolver diretamente com eles.

24 de outubro de 2011

Gabaritos e Provas do ENEM 2011




O Ministério da Educação apresentou uma proposta de reformulação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e sua utilização como forma de seleção unificada nos processos seletivos das universidades públicas federais.

A proposta tem como principais objetivos democratizar as oportunidades de acesso às vagas federais de ensino superior, possibilitar a mobilidade acadêmica e induzir a reestruturação dos currículos do ensino médio.

As universidades possuem autonomia e poderão optar entre quatro possibilidades de utilização do novo exame como processo seletivo:

• Como fase única, com o sistema de seleção unificada, informatizado e on-line;

• Como primeira fase;

• Combinado com o vestibular da instituição;

• Como fase única para as vagas remanescentes do vestibular.



do ENEM 2011 

Dia 26 de Outubro - Paralização Nacional da Educação - Macha Nacional




Nesta quarta-feira, 26 de outubro, acontecerá a 5ª Marcha Nacional em defesa e promoção da educação pública, com o tema “10 mil pelos 10% do PIB para a Educação”, convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Os 43 sindicatos filiados à CNTE de todo o Brasil marcarão presença na mobilização que promete reunir cerca de dez mil pessoas na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

CUT, UBES, UNE, Campanha pelo Direito à Educação, Sinasefe, Fasubra, entre outras entidades ligadas à educação e ao movimento social, também se vão se unir à Confederação para pressionar pela plena aplicação da lei do Piso nos estados e municípios e pelo aumento do percentual de recursos destinado à educação no Plano Nacional de Educação (PNE) na próxima década.

Os participantes se concentrarão às 9 horas em frente ao estádio Mané Garrincha (em reforma para a Copa de 2014) e marcharão a partir das 10 horas até o Congresso Nacional, onde será feito um ato pela defesa da educação de qualidade. Na pauta, a pressão pela votação do PNE ainda este ano, o aumento do percentual do PIB de 10% para educação (hoje 5%), a aplicação plena da lei do piso salarial nacional para o magistério pelos estados e municípios, obrigatoriedade de planos de carreira e 1/3 da jornada para atividades de planejamento e formação.

Segundo Roberto Leão, presidente da CNTE, a pressão no Congresso e no Governo Federal é essencial para que a educação avance e os profissionais da área tenham seus direitos garantidos. “Consideramos essa Marcha decisiva para a aprovação dos 10% do PIB para a educação e para denunciar o não cumprimento do Piso Salarial pelos estados e municípios”.

A CNTE organizou um abaixo assinado com 140 mil cartões postais de apoio aos 10% do PIB para a educação, que serão entregues ao relator do PNE na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, Ângelo Vanhoni (PT-PR), em audiência marcada para às 11 horas do dia 26.

Nesta segunda-feira, equipes da Confederação estarão durante todo o dia, colhendo assinaturas na Rodoviária de Brasília.


(CNTE, 24/10/11)

23 de outubro de 2011

1152 vagas para o programa de Mestrado Profissional em Matemática do MEC

O exame nacional de acesso ao programa de Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (Profmat) selecionará candidatos para 1152 vagas. A prova consiste de 35 questões de múltipla escolha e três discursivas e está marcada para dia 19 de fevereiro, das 13 às 17 horas. O mestrado profissional é oferecido prioritariamente para professores das redes públicas de educação básica da área de matemática.

O Profmat é o primeiro mestrado profissional a distância dentro do sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) e será realizado por uma rede de 54 instituições de ensino superior em todas as regiões do país. O programa será coordenado pela Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que fornecerá uma bolsa de estudos aos mestrandos.

O curso é composto de períodos semipresenciais, nos quais as disciplinas têm duração de 12 semanas. As atividades presenciais de cada disciplina semipresencial ocorrem todas as semanas, em todos os polos de atendimento designados pelas instituições associadas. Tais atividades têm duração de três horas por semana, na sexta-feira, sábado ou domingo.

As atividades a distância podem ser realizadas pelo discente nos polos de atendimento ou na sua própria residência, com o apoio das instituições e de material didático elaborado e distribuído gratuitamente, e são fundamentais para o bom desempenho do discente na disciplina. A duração estimada é de quatro a seis horas por semana para cada disciplina. 


Em janeiro e fevereiro as atividades serão ministradas apenas em regime presencial, nos polos das instituições associadas participantes do Profmat. O calendário será definido pelas instituições associadas, para adaptação ao período de férias escolares em sua região. Devem durar quatro semanas e para cada disciplina haverá uma aula por dia, em todos os dias úteis, com três horas de duração.

O mestrado profissional enfatiza estudos e técnicas diretamente voltadas para uma qualificação profissional de alto nível, mas garante as mesmas prerrogativas do mestrado acadêmico. Pretende promover a formação continuada de professores das redes públicas de educação, no nível de pós-graduação, com uso de tecnologias de educação a distância, e está em consonância com o Plano Nacional de Educação para o decênio 2011-2020.


Trecho da novela Tieta (1989) - ANTI - HOMOFOBIA






Tieta (Betty Faria) fala sobre preconceito e que o melhor é aceitar as pessoas como são, apesar de suas escolhas. Esse capítulo passou a mais de 22 ANOS ATRÁS (1989) e continua muito atual! Uma novela discutindo sobre homofobia contra o travesti Ninete (Rogéria) e comparando com outros tipos de preconceito. O passado às vezes continua mais moderno...


Baseado no livro Tieta do Agreste de Jorge Amado, a novela Tieta, exibida pela Rede Globo entre os anos de 1989 e 1990 e foi um estrondoso sucesso. Um trecho da novela caiu na internet, na passagem, Tieta (Betty Faria - foto) conversa sobre preconceito com seu sobrinho e amante Ricardo (Cássio Gabus Mendes). A cena mostra que o folhetim está mais do que atualizado. Os dois conversam sobre o furdunço causado pela chegada de Ninete, interpretada pela travesti Rogéria, que ao ser molestada pelo dono do bar da cidade dá um soco nele e sai do armário com uma das cenas mais emblemáticas da TV e diz: “Meu nome é Waldemar”.

“Como é que tu vai fazer uma coisa dessa com a cidade, atenta dessa maneira contra e lei de Deus?”, diz o ex seminarista e filho da religiosa Cinira para a tia com quem vem tendo um caso secreto. “Com que direito que tu enche a boca do ar e enche a boca de ar e fala nas leis de Deus. Que lei é essa? Onde que tá escrito, me diga? Por acaso Deus passou uma procuração para tu agir no nome dele?”, diz a diva Tieta. “Tieta, tu não pode achar que um homem que se veste de mulher é uma coisa normal”, diz o sobrinho. “Oxente, é a roupa que importa? É a aparência? Aos olhos de Deus é a aparecia que importa ou é o caráter?” questiona a personagem. “Não foi isso que eu quis dizer. Não é só a roupa, é tudo”. Depois os dois debatem sobre normalidade, e Tieta parafraseia Caetano Veloso: “De perto alguém é nornal?” e lembra que eles mesmos são pecadores por se amarem.

O rapaz ainda defende que os gays devem ser corrigidos, que o sexo é para a multiplicação e que o homem foi feito por Deus para a mulher, como pregam alguns religiosos ainda hoje, 20 anos depois. Tieta discursa, argumenta de forma brilhante, defende a liberdade, provoca dizendo que a Ditadura acabou, fala da quebra da hipocrisia e pede para Ricardo abrir a cabeça. Depois que o sobrinho sai, confessa para a “afilhada” que diz que também recebeu uma educação voltada ao preconceito: “Eu sei, mas é só aceitando as pessoas como elas são, é que a gente melhora, a gente cresce. Eu digo isso mas eu ainda não consegui não”. O texto da novela foi adaptado pelos escritores Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares.
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17 de outubro de 2011

Tragédia em Vera Cruz – Como lidar com a morte


 





 
















87 pessoas foram envolvidas na tragédia em decorrência direta e indireta ao acidente que matou quatro e deixou mais de 20 feridos. De acordo com a Secretaria de Saúde de Vera Cruz, a Unidade de Pronto Atendimento de Mar Grande (UPA) acolheu 24 pessoas e o Hospital Geral de Itaparica (HGI), 63 pacientes, entre vítimas e familiares que passaram mal na confusão. Dezesseis foram transferidos para o Hospital Geral do Estado (HGE) e um enfermo para o Hospital do Subúrbio, ambos em Salvador. O Prefeito de Vera Cruz, Antônio Magno, decretou luto oficial de três dias por causa da tragédia. “Lamento profundamente o que aconteceu em Gameleira com crianças indefesas e com todas as famílias envolvidas. Nunca ocorreu nada parecido em nosso município. Estamos, todos, comovidos com essa tragédia”, afirmou. O gestor agradeceu ainda aos profissionais do Serviço Móvel de Urgência (SAMU) e os homens do Grupamento Aéreo da Polícia Militar da Bahia (GRAER), pela prontidão ao atendimento às vítimas. "O nosso reconhecimento a eles e nosso muito obrigado", exaltou.



Como lidar com a morte

Certas coisas acontecem em nossa vidas, que não entendemos o porquê? Constantemente as coisas estão acontecendo e de repente, alguém que amamos morre. Como lidar com a perda no ambiente escolar? Como discutir estas questões educacionalmente com as crianças? 

Segunda a psicóloga Luciane Sauthier de Porto Alegre, a morte é considerada a mais difícil de todas as perdas, pois a Morte é a ruptura de um vínculo que não tem mais retorno. Mesmo que a pessoa tenha crenças religiosas que fortaleçam a idéia de reencontrar a pessoa perdida, o que é considerado em muitos casos importante e saudável para haver conforto emocional. Esse reencontro no nível terreno não é mais possível, e a vida deve ser reestruturada sem a presença dessa pessoa.

Para a psicóloga Sauthier as fases que freqüentemente vivencia-se após uma perda são: primeira, entorpecimento; é o momento do choque, ocorre uma espécie de torpor, e há uma descrença e uma negação da perda ocorrida. Segunda, anseio e protesto; há a tentativa de recuperação do que fora perdido. Nessa fase, destacam-se os sentimentos de inquietação e de raiva. Terceira, desespero. Ocorre o reconhecimento da perda e a imutabilidade dessa. A pessoa fica desmotivada, apática, e com sinais expressivos de depressão. Quarta fase: recuperação e restituição. A tristeza profunda se mescla com os sentimentos mais positivos, ocorrendo tolerância e aceitação dos fatos.

Segundo Morin (1997), é nas atitudes e crenças diante da morte que o homem exprime o que a vida tem de mais fundamental. A morte, segundo o mesmo autor, permanece como um grande mistério para o homem. Este prefere ignorá-la ou contemplá-la, por vezes, indo ao seu encontro.

Bromberg (1998) chama a atenção para a forma que nos comunicamos com as crianças. Ao se comunicar com uma criança sobre a morte de alguém, o uso de certas expressões pode confundi-la. Expressões como “afinal, descansou” pode levar a criança a pensar que, se a pessoa dormir e descansar poderá voltar.

Para Célia Maria Ferreira da Silva Teixeira ao se falar de morte, inevitavelmente, o tema nos conduz ao processo do luto, que se refere ao conjunto de reações diante de uma perda. Lembramos que existem mortes e processos de luto por ausências, separações e vivência de desamparo. O processo de luto se dará diferentemente. Quanto maior o investimento afetivo, tanto maior a energia necessária para o desligamento. 

Lívia Valin, afirma que é preciso demonstrar, que, como a criança, você também está sofrendo e sente saudades. Deixe que a criança fale sobre seus sentimentos e, acima de tudo, dê apoio e acolhimento. Garanta que ela nunca estará sozinha e sempre haverá alguém para cuidar dela. Isso porque o ente que se foi pode ser um dos pais ou o pequeno pode começar a pensar na mortalidade deles.

“Não exclua as crianças das conversas, da tristeza. Ouça o que elas têm pra falar ou peça para que desenhem o que estão sentindo”,

É natural que os pequenos apresentem mudanças de comportamento depois que recebem a notícia da morte de alguém com quem convivem. Além do choro e da raiva, alguns começam a ir mal na escola, ficam hiperativos ou fazem xixi na cama. É importante que a criança sinta que tem o apoio e a atenção dos colegas e dos professores.

Como acontece com os adultos, a memória afetiva nunca vai desaparecer. Mas, depois de certo tempo, acontece o chamado luto saudável, quando se percebe que é possível se lembrar do ente querido de forma leve e sem sofrimento.


Fonte: 



16 de outubro de 2011

Dia do (a) professor (a) com muita luta pela frente

Falta de professores (as), financiamento insuficiente, escolas sem infraestrutura e o não cumprimento da Lei do Piso Salarial na maioria dos estados e municípios têm deixado a categoria desestimulada. Em levantamento feito pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), nenhum estado cumpre a lei do piso integralmente “Na maioria dos estados e municípios que dizem cumprir pagar o piso, a norma não é seguida como deveria, pois não estruturaram uma carreira para seus profissionais", afirma o presidente da CNTE, Roberto Leão.

Um equívoco do Ministério da Educação (MEC), que define que o valor do Piso para 2011 é de R$1.187,97, facilita para que alguns governadores e prefeitos não paguem o valor correto do Piso. Para a CNTE, em 2011, o vencimento inicial de carreira de um (a) professor (a) com nível médio deve ser de R$1.597,87, levando-se em consideração o que é garantido na Lei do Piso. A Lei atribui que o Piso deve ter reajustes anuais, utilizando-se o mesmo percentual de crescimento do valor anual mínimo por aluno referente aos anos iniciais do ensino fundamental urbano, definido nacionalmente, nos termos da Lei no 11.494, de 20 de junho de 2007.

Além do Piso, uma questão relevante para promover maior valorização no ensino público brasileiro é o financiamento da educação. A CNTE luta para que no Plano Nacional de Educação (PNE), dos próximos 10 anos, sejam repassados o equivalente a 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação, e não 7% como está especificado no Projeto de Lei em discussão no Congresso Nacional.

Com o objetivo de chamar a atenção para esta questão, a CNTE realiza em Brasília, no dia 26 de outubro, a 5ª Marcha Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública de Qualidade, que este ano tem como tema  “10 mil pelos 10% do PIB”. Neste dia, as 43 entidades filiadas à Confederação se reunirão pela manhã em frente ao estádio Mané Garrincha e marcharão até o Congresso Nacional. A CNTE pretende entregar ao presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, e ao relator do PNE, Ângelo Vanhoni, cem mil assinaturas pedindo a destinação de 10% do PIB para a educação pública brasileira. Não é muito e todos sabem disso, principalmente em se tratando de educação, que é essencial para a construção de um país justo e preparado para o futuro.

11 de outubro de 2011

Dicas para passar no ENEM


1. Busque Colaboradores: É importante conversar com pessoas que já fizeram a prova e foram exitosas, além disso, expor para os professores e amigos as suas dificuldades será fundamental para que eles possam saber especificamente como te ajudar.

2. Concentração: Concentre-se nos seus estudos. Existem pessoas que conseguem fazer muitas coisas ao mesmo tempo, porém outras não. O importante é concentração e dedicação especial. Crie metas e objetivos para estudar. Elabore um cronograma de estudos.




3. Desenvolva suas habilidades leitoras: As questões do ENEM e dos Vestibulares são cheias de textos. Procure provas anteriores para responder, selecione textos variados para a sua leitura. Treine passar duas ou três horas lendo e respondendo questões.


4.Estude: Estudar exige disciplina, não se estuda sem disciplina. Tenha um lugar reservado para os seus estudos, horário e tempo. Evite celulares e Internet durante os estudos.

5. Divirta-se: Se por um lado estudar exige disciplina por outro lado, a nossa mente necessita de descanso. O importante é ter foco nos estudos, porém pensar em seu lazer é necessário e fundamental. De segunda a sexta, você pode dedicar-se aos estudos. Nos finais de semana, vamos relaxar. Visite amigos, fazer um passeio na praia, caminhar, jogar bola, assistir filmes, ir ao cinema e sair da rotina semanal.



6. Redação: Procure desenvolver bastante a escrita. Comece a escrever pequenos textos, resumindo noticias de jornais e livros, assim você começará a criar o hábito de escrever e pensar sobre a escrita. Escreva todos os dias.



7. Cuidado com as Redes Sociais: Delimite um tempo para ficar no Orkut, Twitter, FACEBOOk, MSN e outras redes sociais, elas roubam bastante tempo e tira o foco.



8.Relacionamentos e os estudos: Converse com seu (a) parceiro (a) sobre este momento de sua vida, como é importante para você, como se sente e como ele (a) pode te ajudar. Conflitos no relacionamento podem tirar você do foco.



9. Utilize as Redes Sociais e seus Contatos: Faça uma lista dos conteúdos que você esta sentindo dificuldades em aprender. Passe esta lista para os seus professores. Envie esta lista para seus amigos por e-mail solicitando ajuda e orientação. Divulgue esta lista no Orkut, Twitter, FACEBOOk etc.Alguém vai te ajudar.


10. Prioridade: Pense em suas prioridades. O que neste momento é mais importante para você? Escreva as 10 prioridades de sua vida neste momento, e dedique-se para conquistá-las. Estudar requer disciplina, porém pode ser prazeroso.

1 de outubro de 2011

FLICA - Festa Literária Internacional de Cachoeira - BA


Festa Literária Internacional de Cachoeira movimenta a Bahia




Entre os dias 11 e 16 de outubro o Recôncavo baiano será palco da primeira Festa Literária Internacional de Cachoeira (FLICA). O evento vai reunir escritores e especialistas em mesas de debate e palestras, que enfocarão temas como: crítica literária, heranças africanas e portuguesas, a literatura baiana contemporânea, educação, tecnologia, literatura de humor e pornografia. Acontecem ainda eventos paralelos e, para completar, atrações musicais se apresentam diariamente.


Nos seis dias do evento, Cachoeira vai receber 33 autores nacionais e internacionais, divididos em 16 mesas de debate. Entre os convidados estão nomes como Fernando Moraes, o americano Bob Stein,o escritor e agitador cultural Marcelino Freire; o sambista Nei Lopes e o crítico literário português Pedro Mexia. No palco se apresentam ainda músicos como Magary Lord, Clécia Queiroz, o grupo BaianaSystem, Samba Suerdick e a Orquestra Rumpilezz.


Inspirada em festas como a Flip, de Paraty, no Rio; e a Fliporto, de Porto de Galinhas, em Pernambuco, a proposta é promover o encontro entre autores e leitores, o debate de temas relevantes e, claro, festejar a literatura. “A programação segue dois conceitos. Primeiro, a qualidade dos autores. Queríamos que fossem autores profundos, mas que não fossem apenas acadêmicos. E o segundo é o dissenso, que as mesas tivessem autores com opiniões diferentes sobre os temas”, explica o escritor Aurélio Schommer, curador da Flica.



Os interessados em participar da festa podem obter mais informações no site oficial da Flica 2011 (www.flica2011.com.br).



De Salvador,

Eliane Costa com agências
 
 
Fonte: http://www.flica2011.com.br/index.html

SIN Baianidades - Seabra



Há alguns anos travei um duelo na tentativa de realizar um evento acadêmico que discutisse Baianidade, mas como se diz por aqui e por outras partes do Brasil: “a fruta só dá no tempo certo”. Chegou o tempo e a Universidade do Estado da Bahia (UNEB) irá realizar de 13 a 16 de outubro de 2011 o I Simpósio Internacional de Baianidade na cidade de Seabra. Para alguns, a Baianidade nem existe ou existiria uma outra forma de Baianidade diversa daquela inventada por meios de comunicação de massa, após a apropriação de elementos das culturas populares da Bahia. Como se vê e se percebe, o debate será profícuo e denso.



A Bahia pode ser afirmada sem desmerecimentos a outros mundos e identidades. O carnaval é um exemplo de como nós somos receptivos, reconstruindo nosso ser sem perdermos nosso viés de ancestralidade e sem esta ancestralidade ficar resumida apenas aos substratos culturais. O cheiro do Tradicionismo Dinâmico, dito pelo mineiro-baiano Carlos Chiaachhio paira, mas não é determinante neste Simpósio, são apenas odores de minha fala. Tudo isso pode ser assertiva facilmente desmentida em nome de outras baianidades, também existentes e que provavelmente serão discutidas na Chapada Diamantina.



O conjunto de todas “as diversas faces da baianidade”, tema de nosso primeiro Simpósio, não é exclusor, se vê no outro, amplia as relações, investe em um devir de Bahias. Elas, “as diversas faces da baianidade”, transitam além das fronteiras demarcadas pelo mapa que visualizamos em atlas impressos de linhas imaginárias de nossas fronteiras físicas ou até onde nomes, fatos, traços e feitos de nosso estado baianizam. São muitas coisas que podem ser ditas e que irão gerar muitos simpósios, enquanto a Bahia existir em mentes, corpos em negações e em afirmativas.



Por isso a presença de todos aqueles se interessam e/ou querem discutir e conhecer conceitos de Bahias e de Baianidades será imprescindível para que o tema nunca se esgote e se alimente de si mesmo e do outro para perpetuar a sua existência. Receberemos todos e todas das diversas identidades em Seabra, centro geográfico da Bahia e de 13 a 16 de outubro centro de discussões sobre a Bahia.



Bahia, Julho de 2011.



Gildeci de Oliveira Leite (UNEB)

Fonte: http://www.uneb.br/sinbaianidade/apresentacao/

III Congresso Baiano de Pesquisadores Negros e III Seminário Áfricas

As inscrições do III Congresso Baiano de Pesquisadores Negros e do III Seminário Áfricas foram prorrogadas até 19 de Setembro

Os congressos acontecerão na Universidade do Estado da Bahia (UNEB) no Campus V - Santo Antonio de Jesus no período de 12 a 16 de outubro de 2011. Este encontro de caráter interdisciplinar, que é uma promoção da Associação Baiana de Pesquisadores Negros (APNB) e da Rede Internacional de Estudos Africanos e da Diáspora (READI) em parceria com universidades estaduais (UEFS, UNEB, UESB, UDESC) e federais (UFBA, UFRB) do estado, tem como tema ÁFRICA E DIÁSPORA: PARA ALÉM DAS FRONTEIRAS.

O Objetivo desse evento é reunir pesquisadores, professores e demais interessados na temática dos Estudos Africanos e Afro-Brasileiros, nacionais e estrangeiros, com o propósito de intercambiar experiências de pesquisa e promover debates interdisciplinares, estimulando diálogos com pesquisadoras/es e instituições nacionais e internacionais de pesquisas, intensificando a ampliação de debates e proposições na área de relações étnico-raciais, para fortalecer a rede de pesquisa internacional entre as populações negras do Brasil, da diáspora africana nas Américas e dos países africanos.

Os pesquisadores podem apresentar propostas em treze grupos temáticos: e preencher a ficha de inscrição na página da Associação de Pesquisadores Negros da Bahia - APNB: http://apnb.org.br/

Esta página contém todas as orientações necessárias para a inscrição e o envio dos trabalhos a serem apresentados, inclusive exigências quanto à forma do texto e cronograma das inscrições.

Prezamos muito a participação de todas(os) !


ÁFRICA E DIÁSPORA: PARA ALÉM DAS FRONTEIRAS

Santo Antonio de Jesus/BA. 12 a 16 de outubro de 2011.

Para maiores informações, acesse o sitio http://apnb.org.br



Associação de Pesquisador@s Negr@s da Bahia – APNB

http://apnb.org.br

http://twitter.com/apnbbahia

http://apnbbahia.blogspot.com/

http://pt-br.facebook.com/people/Apnb-Apnbbahia/100001056070156

Mestrados e Doutorados na BAHIA: UNEB, UFBA, UEFS, UCSAL

UNEB

O Programa de Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade (PPGEduC) está vinculado, academicamente, ao Departamento de Educação do Campus I, da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e compreende a pós-graduação em educação stricto-sensu e lato-sensu na área da Educação, de conformidade com o disposto na Resolução CONSEPE n.º 214, de 24 de julho de 1998, publicada no Diário Oficial em 1 e 2 de agosto de 1998.



UFBA


18 de setembro de 2011

Convocação da Prefeitura de Salvador 2011: 663 profissionais convocados




A Prefeitura de Salvador convocou, hoje (dia 16), mais um grupo de 663 aprovados no concurso público para a Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer (Secult). Foram chamados 150 coordenadores pedagógicos e 513 professores, de diversas disciplinas. A lista pode ser acessada na página de concursos da Prefeitura, com link no site da Seplag – Secretaria Municipal de Planejamento, Tecnologia e Gestão (www.gestaopublica.salvador.ba.gov.br) e Portal do Servidor (www.servidor.salvador.ba.gov.br).

Todos os candidatos convocados devem comparecer à Seplag no prazo máximo de 30 dias, contados a partir desta sexta-feira, para agendar o exame médico e comprovar a habilitação técnica. O atendimento é realizado das 8h às 13 horas.


Na data de comparecimento à Seplag, o candidato deve apresentar original e cópia dos seguintes documentos: RG, CPF, Título de Eleitor, comprovante de votação da última eleição, Certificado de Reservista – se do sexo masculino –, PIS/Pasep, Carteira de Trabalho, comprovante de residência, comprovante de inscrição e de situação cadastral do CPF, antecedentes criminais e duas fotos 3x4 coloridas.


Os candidatos ao cargo de coordenador pedagógico devem apresentar também o diploma de Licenciatura Plena em Pedagogia e comprovante de experiência mínima de dois anos em docência. Já os professores terão de apresentar diploma com histórico escolar de Licenciatura Plena na disciplina em que se candidatou (quem foi habilitado para o cargo de professor de educação
física, deve levar, ainda, registro no conselho de classe).

Entre os docentes convocados, a maioria (350) é formada por professores de educação infantil. Também foram convocados professores de educação física (25), ciências (18), filosofia (16), português (15), matemática (15), história (14), inglês (14), geografia (12), espanhol (12), música (9), dança (6), artes plásticas (5) e teatro (2).


O concurso foi realizado em outubro de 2010. Este ano, a Prefeitura já convocou um total de 872 profissionais habilitados, entre professores, agentes de suporte e coordenadores pedagógicos. A previsão é de que as primeiras nomeações sejam realizadas até outubro
.


Veja a convocação em: http://www.gestaopublica.salvador.ba.gov.br/concurso/arquivos/aviso_34_convoca%C3%A7%C3%A3o11.pdf

14 de setembro de 2011

10ª BIENAL DO LIVRO DA BAHIA: Você não poderá perder!!!!!!!





Consolidada como um dos principais eventos do estado, A Bienal do Livro da Bahia chega a sua 10ª edição. Promovida pela Fagga l GL exhibitions, com o patrocínio das Secretarias de Cultura e Educação do Estado da Bahia e Fundação Pedro Calmon, a Bienal será realizada entre os dias 28 de outubro e 6 de novembro no Centro de Convenções da Bahia, em Salvador. Este ano, a Bienal integrará a programação do Ano Jorge Amado - conjunto de atividades que serão promovidas até dezembro de 2012 para celebrar o centenário de nascimento do escritor baiano.

No evento, a programação do Café Literário será inaugurada com a mesa redonda "Jorge Amado e o mundo". A professora do Instituto de Letras da Universidade Federal da Bahia, Ana Rosa Ramos, e a docente do departamento de letras e artes da Universidade Estadual de Feira de Santana, Rosana Maria Patrício, já confirmaram participação na atividade. "Discutiremos a importância da obra do autor no cenário mundial e sua permanência na história da literatura brasileira", explica Carlos Ribeiro, curador do Café Literário, jornalista e membro da Academia de Letras da Bahia.

Em 2009, a Bienal do Livro da Bahia reuniu um público de mais 270 mil pessoas ao longo de 10 dias - o que representou um aumento de 20% no número de visitantes em relação à edição anterior. Para aproximar ainda mais os participantes do universo literário, em 2011, a Bienal oferece novos espaços e uma grade de eventos diversificada e dinâmica. Mais informações estão disponíveis no site http://www.bienaldolivrodabahia.com.br/

SERVIÇO:

10ª BIENAL DO LIVRO DA BAHIA
Data: 28 de outubro a 06 de novembro de 2011
Local: Centro de Convenções da Bahia - Av. Simon Bolivar S/N - Salvador - Bahia
Site: www.bienaldolivrodabahia.com.br

13 de setembro de 2011

Os novos espaços de atuação do educador com as tecnologias


 Especialista em mudanças na educação presencial e a distância
Autor do livro: A educação que desejamos novos desafios e como chegar lá. Campinas: Papirus, 2007.
Texto publicado nos anais do 12º Endipe – Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino, in ROMANOWSKI, Joana Paulin et al (Orgs). Conhecimento local e conhecimento universal: Diversidade, mídias e tecnologias na educação. vol 2, Curitiba, Champagnat, 2004, páginas 245-253 - jmmoran@usp.br
Resumo
 A Internet e as novas tecnologias estão trazendo novos desafios pedagógicos para as universidades e escolas. Os professores, em qualquer curso presencial, precisam aprender a gerenciar vários espaços e a integrá-los de forma aberta, equilibrada e inovadora. O primeiro espaço é o de uma nova sala de aula melhor equipada e com atividades diferentes. Em alguns momentos o professor leva seus alunos ao laboratório conectado à Internet para desenvolver atividades de pesquisa e de domínio das tecnologias (segundo espaço). Estas atividades se ampliam a distância, nos ambientes virtuais de aprendizagem conectados à Internet, o que permite diminuir o número de aulas e continuar aprendendo juntos a distância (terceiro espaço). Os cursos precisam prever espaços e tempos de contato com a realidade, de experimentação e de inserção em ambientes profissionais e informais em todas as matérias e ao longo de todos os anos (quarto espaço). Uma das tarefas mais importantes das universidades, escolas e secretarias de educação hoje é planejar e flexibilizar, no currículo de cada curso, o tempo de presença física em sala de aula e o tempo de aprendizagem virtual e como integrar de forma criativa e inovadora esses espaços e tempos.
 Palavras-chave: Novas tecnologias, educação, ensino superior, didática

Introdução

Uma das reclamações generalizadas de escolas e universidades é de que os alunos não agüentam mais nossa forma de dar aula. Os alunos reclamam do tédio de ficar ouvindo um professor falando na frente por horas, da rigidez dos horários, da distância entre o conteúdo das aulas e a vida.
Colocamos tecnologias na universidade e nas escolas, mas, em geral, para continuar fazendo o de sempre – o professor falando e o aluno ouvindo – com um verniz de modernidade. As tecnologias são utilizadas mais para ilustrar o conteúdo do professor do que para criar novos desafios didáticos.
O cinema, o rádio, a televisão trouxeram desafios, novos conteúdos, histórias, linguagens. Esperavam-se muitas mudanças na educação, mas as mídias sempre foram incorporadas marginalmente. A aula continuou predominantemente oral e escrita, com pitadas de audiovisual, como ilustração. Alguns professores utilizavam vídeos, filmes, em geral como ilustração do conteúdo, como complemento. Eles não modificavam substancialmente o ensinar e o aprender, davam um verniz de novidade, de mudança, mas era mais na embalagem.
O computador trouxe uma série de novidades, de fazer mais rápido, mais fácil. Mas durante anos continuo sendo utilizado mais como uma ferramenta de apoio ao professor e ao aluno. As atividades principais ainda estavam focadas na fala do professor e na relação com os textos escritos.
Hoje, com a Internet e a fantástica evolução tecnológica, podemos aprender de muitas formas, em lugares diferentes, de formas diferentes. A sociedade como um todo é um espaço privilegiado de aprendizagem. Mas ainda é a escola a organizadora e certificadora principal do processo de ensino-aprendizagem.
Ensinar e aprender estão sendo desafiados como nunca antes. Há informações demais, múltiplas fontes, visões diferentes de mundo. Educar hoje é mais complexo porque a sociedade também é mais complexa e também o são as competências necessárias. As tecnologias começam a estar um pouco mais ao alcance do estudante e do professor. Precisamos repensar todo o processo, reaprender a ensinar, a estar com os alunos, a orientar atividades, a definir o que vale a pena fazer para aprender, juntos ou separados.
Com a Internet e outras tecnologias surgem novas possibilidades de organização das aulas dentro e fora da Universidade. Podemos ter uma parte das aulas de forma virtual ou freqüentar cursos a distância. Como uma universidade e seus professores podem se organizar para  estas mudanças inevitáveis, da forma mais adequada, equilibrada e coerente? Por onde começar e continuar?
  

A ampliação dos espaços de ensino-aprendizagem

 A sala de aula é o espaço privilegiado quando pensamos em escola, em aprendizagem. Esta nos remete a um professor na nossa frente, a muitos alunos sentados em cadeiras olhando para o professor, uma mesa, um quadro negro e, às vezes, um vídeo ou computador.
Com a Internet e as redes de comunicação em tempo real, surgem novos espaços importantes para o processo de ensino-aprendizagem, que modificam e ampliam o que fazíamos na sala de aula.
Abrem-se novos campos na educação on-line, através da Internet, principalmente na educação a distância.  Mas também na educação presencial a chegada da Internet está trazendo novos desafios para a sala de aula, tanto tecnológicos como pedagógicos.
O professor, em qualquer curso presencial, precisa hoje aprender a gerenciar vários espaços e a integrá-los de forma aberta, equilibrada e inovadora. O primeiro espaço é o de uma nova sala de aula equipada e com atividades diferentes, que se integra com a ida ao laboratório para desenvolver atividades de pesquisa e de domínio técnico-pedagógico. Estas atividades se ampliam e complementam a distância, nos ambientes virtuais de aprendizagem e se complementam com espaços e tempos de experimentação, de conhecimento da realidade, de inserção em ambientes profissionais e informais.
Antes o professor só se preocupava com o aluno em sala de aula. Agora, continua com o aluno no laboratório (organizando a pesquisa), na Internet (atividades a distância) e no acompanhamento das práticas, dos projetos, das experiências que ligam o aluno à realidade, à sua profissão (ponto entre a teoria e a prática).
Antes o professor se restringia ao espaço da sala de aula. Agora precisa aprender a gerenciar também atividades a distância, visitas técnicas, orientação de projetos e tudo isso fazendo parte da carga horária da sua disciplina, estando visível na grade curricular, flexibilizando o tempo de estada em aula e incrementando outros espaços e tempos de aprendizagem.
Educar com qualidade implica em ter acesso e competência para organizar e gerenciar as atividades didáticas em, pelo menos, quatro espaços:
 
 

1. Uma nova sala de aula

 
A sala de aula será, cada vez mais, um ponto de partida e de chegada, um espaço importante, mas que se combina com outros espaços para ampliar as possibilidades de atividades de aprendizagem.
O que deve ter uma sala de aula para uma educação de qualidade?
Precisa fundamentalmente de professores bem preparados, motivados, e bem remunerados e com formação pedagógica atualizada. Isso é incontestável.
Precisa também de salas confortáveis, com boa acústica e tecnologias, das simples até as sofisticadas. Uma sala de aula hoje precisa ter acesso fácil ao vídeo, DVD e, no mínimo, um ponto de Internet, para acesso a sites em tempo real pelo professor ou pelos alunos, quando necessário.
Um computador em sala com projetor multimídia são recursos necessários, embora ainda caros, para oferecer condições dignas de pesquisa e apresentação de trabalhos a professores e alunos. São poucos os cursos até agora bem equipados, mas, se queremos educação de qualidade, uma boa infra-estrutura torna-se cada vez mais necessária. 
Um projetor multimídia com acesso a Internet permite que o professores e alunos mostrem simulações virtuais, vídeos, jogos, materiais em CD, DVD, páginas WEB ao vivo. Serve como apoio ao professor, mas também para a visualização de trabalhos dos alunos, de pesquisas, de atividades realizadas no ambiente virtual de aprendizagem (um fórum previamente realizado, por exemplo). Podem ser mostrados jornais on-line, com notícias relacionadas com o assunto que está sendo tratado em classe. Os alunos podem contribuir com suas próprias pesquisas on-line. Há um campo de possibilidades didáticas até agora pouco desenvolvidas, mesmo nas salas que detêm esses equipamentos.
Essa infra-estrutura deve estar a serviço de mudanças na postura do professor, passando de ser uma “babá”, de dar tudo pronto, mastigado, para ajudá-lo, de um lado, na organização do caos informativo, na gestão das contradições dos valores e visões de mundo, enquanto, do outro lado, o professor provoca o aluno, o “desorganiza”, o desinstala, o estimula a mudanças, a não permanecer acomodado na primeira síntese.
Do ponto de vista metodológico o professor precisa aprender a equilibrar processos de organização e de “provocação” na sala de aula. Uma das dimensões fundamentais do educar é ajudar a encontrar uma lógica dentro do caos de informações que temos, organizar numa síntese coerente (mesmo que momentânea) das informações dentro de uma área de conhecimento. Compreender é organizar, sistematizar, comparar, avaliar, contextualizar. Uma segunda dimensão pedagógica procura questionar essa compreensão, criar uma tensão para superá-la, para modificá-la, para avançar para novas sínteses, novos momentos e formas de compreensão. Para isso o professor precisa questionar, tensionar, provocar o nível da compreensão existente.
Predomina a organização no planejamento didático quando o professor trabalha com esquemas, aulas expositivas, apostilas, avaliação tradicional. O professor que dá tudo mastigado para o aluno, de um lado facilita a compreensão; mas, por outro, transfere para o aluno, como um pacote pronto, o nível de conhecimento de mundo que ele tem.
Predomina a “desorganização” no planejamento didático quando o professor trabalha encima de experiências, projetos, novos olhares de terceiros: artistas, escritores...
Em qualquer área de conhecimento podemos transitar entre a organização da aprendizagem e a busca de novos desafios, sínteses. Há atividades que facilitam a organização e outras a superação. O relato de experiências diferentes das do grupo, uma entrevista polêmica podem desencadear novas questões, expectativas, desejos. Mas também há relatos de experiências ou entrevistas que servem para confirmar nossas idéias, nossas sínteses, para reforçar o que já conhecemos.
Por exemplo, na utilização do vídeo na escola, vejo dois momentos ou focos que podem alternar-se e combinar-se equilibradamente:
1)     Quando o vídeo provoca, sacode, provoca inquietação e  serve como abertura para um tema, como uma sacudida para a nossa inércia. Ele age como tensionador, na busca de novos posicionamentos, olhares, sentimentos, idéias e valores. O contato de professores e alunos com bons filmes, poesias, contos, romances, histórias, pinturas alimenta o questionamento de pontos de vista formados, abre novas perspectivas de interpretação, de olhar, de perceber, sentir e de avaliar com mais profundidade.
2)    Quando o vídeo serve para confirmar uma teoria, uma síntese, um olhar específico com o qual já estamos trabalhando. É o vídeo que ilustra, amplia, exemplifica.
 
O vídeo e as outras tecnologias tanto podem ser utilizados para organizar como para desorganizar o conhecimento. Depende de como e quando os utilizamos.
 
Educar um processo dialético, quando bem realizado, mas que, em muitas situações concretas, se vê diluído pelo peso da organização, da massificação, da burocratização, da “rotinização”, que freia o impulso questionador, superador, inovador.
 
 
Um dia todas as salas de aula estarão conectadas às redes de comunicação instantânea. Como isso ainda está distante, é importante que cada professor programe em uma de suas primeiras aulas uma visita com os alunos ao “laboratório de informática”, a uma sala de aula com micros suficientes conectados à Internet. Nessa aula (uma ou duas) o professor pode orientá-los a fazer pesquisa na Internet, a encontrar os materiais mais significativos para a área de conhecimento que ele vai trabalhar com os alunos; a que aprendam a distinguir informações relevantes de informações sem referência. Ensinar a pesquisar na WEB ajuda muito aos alunos na realização de atividades virtuais depois, a sentir-se seguros na pesquisa individual e grupal.
 Uma outra atividade importante nesse momento é a capacitação para o uso das tecnologias necessárias para acompanhar o curso em seus momentos virtuais: conhecer a plataforma virtual, as ferramentas, como se coloca material, como se enviam atividades, como se participa num fórum, num chat, tirar dúvidas técnicas. Esse contato com o laboratório é fundamental porque há alunos pouco familiarizados com essas novas tecnologias e para que todos tenham uma informação comum sobre as ferramentas, sobre como pesquisar e sobre os materiais virtuais do curso.
Tudo isto pressupõe que os professores foram capacitados antes para fazer esse trabalho didático com os alunos no laboratório e nos ambientes virtuais de aprendizagem (o que muitas vezes não acontece).
 
Quando temos um curso parcialmente presencial podemos organizar os encontros ao vivo como pontuadores de momentos marcantes. Primeiro, nos encontramos fisicamente para facilitar o conhecimento mútuo de professores e alunos. Ao vivo é muito mais fácil que a distância e confiamos mais rapidamente ao estar ao lado da pessoa como um todo, ao vê-la, ouvi-la, senti-la. Depois, é mais fácil explicar e organizar o processo de aprendizagem, esclarecer, tirar dúvidas, organizar grupos, discutir propostas. É muito mais fácil também aprender a utilizar os ambientes tecnológicos da educação on-line. Podemos ir a um laboratório e nivelar os alunos, os que sabem se sentam junto com os que sabem menos e todos aprendem juntos. No presencial também é mais fácil motivar os alunos, atender às demandas específicas, fazer os ajustes necessários no programa.
O foco do curso deve ser o desenvolvimento de pesquisa, fazer do aluno um parceiro-pesquisador. Pesquisar de todas as formas, utilizando todas as mídias, todas as fontes, todas as formas de interação. Pesquisar às vezes todos juntos, outras em pequenos grupos, outras individualmente. Pesquisar às vezes na escola; outras, em outros espaços e tempos. Combinar pesquisa presencial e virtual. Comunicar os resultados da pesquisa para todos e para o professor. Relacionar os resultados, compará-los, contextualizá-los, aprofundá-los, sintetizá-los.
Mais tarde, depois de uma primeira etapa de aprendizagem on-line, a volta ao presencial adquire uma outra dimensão. É um reencontro tanto intelectual como afetivo. Já nos conhecemos, mas fortalecemos esses vínculos; trocamos experiências, vivências, pesquisas. Aprendemos juntos, tiramos dúvidas coletivas, avaliamos o processo virtual. Fazemos novos ajustes. Explicamos o que acontecerá na próxima etapa e motivamos os alunos para que continuem pesquisando, se encontrando virtualmente, contribuindo.
Os próximos encontros presenciais já devem trazer maiores contribuições dos alunos, dos resultados de pesquisas, de projetos, de solução de problemas, entre outras formas de avaliação.

 

3. A utilização de ambientes virtuais de aprendizagem

Os alunos já se conhecem, já tem as informações básicas de como pesquisar e de como utilizar os ambientes virtuais de aprendizagem. Agora já podem iniciar a parte a distância do curso, combinando momentos em sala de aula com atividades de pesquisa, comunicação e produção a distância, individuais, em pequenos grupos e todos juntos.
O professor precisa hoje adquirir a competência da gestão dos tempos a distância combinado com o presencial. O que vale a pena fazer pela Internet que ajuda a melhorar a aprendizagem, que mantém a motivação, que traz novas experiências para a classe, que enriquece o repertório do grupo.
Os ambientes virtuais aqui complementam o que fazemos em sala de aula. O professor e os alunos são “liberados” de algumas aulas presenciais e precisam aprender a gerenciar classes virtuais, a organizar atividades que se encaixem em cada momento do processo e que dialoguem e complementem o que estamos fazendo na sala de aula e no laboratório. Começamos algumas atividades na sala de aula: informações básicas de um tema, organização de grupos, explicitar os objetivos da pesquisa, tirar as dúvidas iniciais. Depois vamos para a Internet e orientamos e acompanhamos as pesquisas que os alunos realizam individualmente ou em pequenos grupos. Pedimos que os alunos coloquem os resultados em uma página, um portfólio ou que nos as enviem virtualmente, dependendo da orientação dada. Colocamos um tema relevante para discussão no fórum ou numa lista e procuramos acompanhá-la sem sermos centralizadores nem omissos. Os alunos se posicionam primeiro e, depois, fazemos alguns comentários mais gerais, incentivamos, reorientamos algum tema que pareça prioritário, fazemos sínteses provisórias do andamento das discussões ou pedimos que alguns alunos o façam.
Podemos convidar um colega, um pesquisador ou um especialista para um debate com os alunos num chat, realizando uma entrevista a distância, atuando como mediadores. Os alunos gostam de participar deste tipo de atividade.
Nós mesmos, professores, podemos marcar alguns tempos de atendimento semanais, se o acharmos conveniente, para tirar dúvidas on-line, para atender grupos, acompanhar o que está sendo feito pelos alunos. Sempre que possível incentivaremos os alunos a que criem seu portfólio, seu espaço virtual de aprendizagem próprio e que disponibilizem o acesso aos colegas, como forma de aprender colaborativamente.
Dependendo do número de horas virtuais, a integração com o presencial é mais fácil, Um tópico discutido no fórum pode ser aprofundado na volta à sala de aula, tornando mais claros os pontos de divergência que havia no virtual.
Creio que há três campos importantes para as atividades virtuais: o da pesquisa, o da comunicação e o da produção. Pesquisa individual de temas, experiências, projetos, textos. Comunicação, realizando debates off e on-line sobre esses temas e experiências pesquisados. Produção, divulgando os resultados no formato multimídia, hipertextual, “linkada” e publicando os resultados para os colegas e, eventualmente, para a comunidade externa ao curso.
A Internet favorece a construção colaborativa, o trabalho conjunto entre professores e alunos, próximos física ou virtualmente. Podemos participar de uma pesquisa em tempo real, de um projeto entre vários grupos, de uma investigação sobre um problema de atualidade. O importante é combinar o que podemos fazer melhor em sala de aula: conhecer-nos, motivar-nos, reencontrar-nos, com o que podemos fazer a distância pela lista, fórum ou chat – pesquisar, comunicar-nos e divulgar as produções dos professores e dos alunos.
É fundamental hoje pensar o currículo de cada curso como um todo, e planejar o tempo de presença física em sala de aula e o tempo de aprendizagem virtual. A maior parte das disciplinas pode utilizar parcialmente atividades a distância. Algumas que exigem menos laboratório ou estar juntos fisicamente podem ter uma carga maior de atividades e tempo virtuais. A flexibilização de gestão de tempo, espaços e atividades é necessária, principalmente no ensino superior ainda tão engessado, burocratizado e confinado à monotonia da fala do professor num único espaço que é o da sala de aula.
 
Os cursos de formação, os de longa duração, como os de graduação, precisam ampliar o conceito de integração de reflexão e ação, teoria e prática, sem confinar essa integração somente ao estágio, no fim do curso. Todo o currículo pode ser pensando em inserir os alunos em ambientes próximos da realidade que ele estuda, para que possam sentir na prática o que aprendem na teoria e trazer experiências, cases, projetos do cotidiano para a sala de aula. Em algumas áreas, como administração, engenharia, parece mais fácil e evidente essa relação, mas é importante que aconteça em todos os cursos e em todas as etapas do processo de aprendizagem, levando em consideração as peculiaridades de cada um.
Se os alunos fazem pontes entre o que aprendem intelectualmente e as situações reais, experimentais, profissionais ligadas aos seus estudos, a aprendizagem será mais significativa, viva, enriquecedora. As universidades e os professores precisam organizar nos seus currículos e cursos atividades integradoras da prática com a teoria, do compreender com o vivenciar, o fazer e o refletir, de forma sistemática, presencial e virtualmente, em todas as áreas e ao longo de todo o curso.
 
A Internet e as novas tecnologias estão trazendo novos desafios pedagógicos para as universidades e escolas. Os professores, em qualquer curso presencial, precisam aprender a gerenciar vários espaços e a integrá-los de forma aberta, equilibrada e inovadora. O primeiro espaço é o de uma nova sala de aula equipada e com atividades diferentes, que se integra com a ida ao laboratório conectado em rede para desenvolver atividades de pesquisa e de domínio técnico-pedagógico. Estas atividades se ampliam a distância, nos ambientes virtuais de aprendizagem conectados à Internet e se complementam com espaços e tempos de experimentação, de conhecimento da realidade, de inserção em ambientes profissionais e informais.
 É fundamental hoje planejar e flexibilizar, no currículo de cada curso, o tempo e as atividades de presença física em sala de aula e o tempo e as atividades de aprendizagem conectadas, a distância. Só assim avançaremos de verdade e poderemos falar de qualidade na educação e de uma nova didática.
 

Bibliografia

AZEVÊDO, Wilson. A vanguarda (tecnológica) do atraso (pedagógico): impressões de um educador online a partir do uso de ferramentas de courseware.  Disponível em  <www.aquifolium.com.br/educacional/artigos/vanguarda.html>. Acesso em: 18/01/2004.
BELLONI, Maria Luisa. Educação a distância. Campinas: Autores Associados, 1999.
LITWIN, Edith (org). Educação a distância; temas para o debate de uma nova agenda educativa. Porto Alegre: Artmed, 2000.
LUCENA, Carlos & FUKS, Hugo. A educação na era da Internet. Rio de Janeiro: Clube do Futuro, 2000.  
MORAN, José Manuel, MASETTO, Marcos & BEHRENS, Marilda. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 15a ed. São Paulo: Papirus, 2008.
_____________________. Textos sobre Tecnologias e Comunicação in www.eca.usp.br/prof/moran
PALLOFF, Rena M. & PRATT, Keith. Construindo comunidades de aprendizagem no ciberespaço – Estratégias eficientes para salas de aula on-line. Porto Alegre: Artmed Editora, 2002.
PETERS, Otto. Didática do ensino a distância. São Leopoldo, RS: Editora Unisinos, 2001.
SILVA, Marcos (Org.). Educação Online: teorias, práticas, legislação, formação corporativa. São Paulo: Loyola, 2003.


Fonte: http://www.eca.usp.br/prof/moran/espacos.htm

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