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30 de junho de 2012

Como Escrever/ Elaborar/ Fazer uma Autobiografia: Memorial Descritivo

ORIENTAÇÕES PARA COMPOSIÇÃO DO MEMORIAL DESCRITIVO



A autobiografia surge como uma ferramenta pedagógica no processo de formação, permitindo ao individuo narrar sua própria história sendo autor, ator e coautor da sua própria experiência de vida. As narrativas autobiográficas e as histórias de vida têm adotado uma variedade de fontes de dados: autobiografias, memoriais, diários, cartas, fotografias e objetos pessoais, que podem ser orais ou escritas, em que assumem um papel importante nos processos de aprendizagem e de formação.
Silvano Sulzart


O Memorial Descritivo é uma autobiografia que descreve, analisa e critica acontecimentos sobre a trajetória acadêmico-profissional e intelectual do candidato, avaliando cada etapa de sua experiência.Recomenda-se que o memorial inclua em sua estrutura seções que destaquem as informações mais significativas, como a formação, as atividades técnico-científicas e artístico-culturais, as atividades docentes, as atividades de administração, a produção científica, entre outras.O texto deve ser redigido na primeira pessoa do singular, o que permitirá ao candidato enfatizar o mérito de suas realizações.

Sugestão de Estrutura do Memorial
1.       Folha de rosto
a)       nome do candidato
b)       título (Memorial Descritivo)
c)       local
d)       ano
2.       Formação, aperfeiçoamento e atualização
Na descrição, mencionar:
a)       educação superior - graduação
b)       educação superior - pós-graduação
c)       estágios
d)       cursos de extensão
e)       iniciação científica e monitoria
f)        bolsas de estudo
g)       participação em congressos, simpósios, seminários e outros eventos congêneres

   Deve-se inserir comentários sobre como decorrem os cursos de formação, de aperfeiçoamento e de atualização, assim como o resultado final e também os reflexos na carreira profissional, docente, científica, literária e/ou artística do candidato.
3.       Atividades docentes
As atividades docentes referem-se às funções desenvolvidas no ensino e na orientação de estudantes. Na descrição, mencionar:
a)       aulas e cursos ministrados (especificar em que disciplinas)
b)       orientações de trabalhos de alunos (Feiras de Ciências, das Profissões, entre outros eventos), trabalhos de conclusão de cursos, de estágios e/ou de bolsistas
c)       palestras e/ou conferências proferidas

4.       Atividades de administração
Indicar outras atividades profissionais que não se enquadrem nas modalidades anteriores:
a)       participação em comissões, coordenações, supervisões de trabalhos e/ou projetos
b)       participações em conselhos, em comitês e/ou júri de prêmios entre outros
c)       participações em órgãos colegiados, comitês executivos, grupos de trabalhos, entre outros
d)       consultorias
e)       funções eletivas, inclusive diretorias, conselhos de entidades (profissionais e/ou sindicais) indicando função exercida, inclusive de chefia, coordenação, direção com o respectivo tempo de mandato
5.       Títulos, homenagens e aprovações em concursos
Mencionar o ano e a distinção outorgada e o local.
6.       Produção científica, literária e artística.
Incluir trabalhos científicos, literários e/ou artísticos que tenham sido publicados, assim como trabalhos apresentados em congressos, jornadas e outros eventos similares.

Obs: Para a Formatação do texto siga as regras da ABNT

Fonte: FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ UNIVERSIDADE DE FORTALEZA – UNIFOR

Realizo orientações sobre produções de memoriais.

                     


Palestra: Projeto Político Pedagógico na Educação Básica

 Projeto Político Pedagógico na Educação Básica

Toda escola tem objetivos que deseja alcançar, metas a cumprir e sonhos a realizar. O conjunto dessas aspirações, bem como os meios para concretizá-las, é o que dá forma e vida ao chamado projeto político-pedagógico - o famoso PPP. Se você prestar atenção, as próprias palavras que compõem o nome do documento dizem muito sobre ele:

- É Projeto porque reúne propostas de ação concreta a executar durante determinado período de tempo.

- É Político por considerar a escola como um espaço de formação de cidadãos conscientes, responsáveis e críticos, que atuarão individual e coletivamente na sociedade, modificando os rumos que ela vai seguir.

- É Pedagógico porque define e organiza as atividades e os projetos educativos necessários ao processo de ensino e aprendizagem.

Ao juntar as três dimensões, o PPP ganha a força de um guia - aquele que indica a direção a seguir não apenas para gestores e professores mas também funcionários, alunos e famílias. Ele precisa ser completo o suficiente para não deixar dúvidas sobre essa rota e flexível o bastante para se adaptar às necessidades de aprendizagem dos alunos. Por isso, dizem os especialistas, a sua elaboração precisa contemplar os seguintes tópicos:

- Missão
- Clientela
- Dados sobre a aprendizagem
- Relação com as famílias
- Recursos
- Diretrizes pedagógicas
- Plano de ação
 

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TEMA: “Projeto Político Pedagógico na Educação Básica”.
DOCENTE: Profª Dra Cristina D’ Ávila
DATA E HORÁRIO: 09/07 – 14h às 16:30
LOCAL: Auditório Jurandyr Oliveira – DEDC1 – UNEB
PÚBLICO ALVO: Alunos, professores, servidores e comunidade externa.
 

Cristina Maria D'Ávila Teixeira

Cristina Maria D'Ávila Teixeira concluiu o doutorado em Educação pela Universidade Federal da Bahia em 2001. É pós-doutora pela Universidade de Montréal, Quebec, Canadá, na área de psicopedagogia e formação docente (2007). Publicou três livros, um como autora principal e outro em co-autoria com Ilma Passos Veiga. Atua na área de Educação, com ênfase em Didática, Prática Pedagógica, formação de professores e ludicidade.

26 de junho de 2012

Professora que sugeriu a pais violência como recurso educativo é afastada do cargo



CAMPINAS - A Prefeitura de Sumaré, no interior de São Paulo, afastou do cargo a professora que teria sugerido, em um bilhete, que os pais de um aluno da Escola Municipal José de Anchieta dessem "cintadas" e "varadas" no estudante de 12 anos, para educá-lo.

Por meio de nota, a Secretaria de Educação informou que a professora ficará afastada por até 90 dias, prazo legal no qual será realizada uma sindicância para apurar o caso. O prazo pode ser prorrogado por mais 90 dias. A educadora, bem como os pais do aluno e a direção da escola serão ouvidos.


Segundo disse o pai do menino, André Luis Ferreira Lima, de 29 anos, o bilhete foi enviado no dia 12 de junho a ele e à esposa. No texto, a professora de português sugeriu: "Quer conversar com o seu filho? Se a conversa não resolver. Acho que umas cintada vai resolver. (sic) Porque não é possível que um garoto desse tamanho e idade, não consiga evitar encrecas (sic). Esqueça tudo que esses psicólogos fajutos dizem e parta para as varadas".


Após procurarem a direção da escola e enviarem a psicóloga do garoto para conversar com os professores, os pais disseram não ter conseguido nenhum retorno dos educadores e, então, enviaram o bilhete à afiliada da Rede Globo em Campinas.


Segundo Lima, o filho - em tratamento após passar por diversos médicos por problemas de déficit de aprendizado - sofre bullying há ao menos dois anos. "A professora fala na frente dos outros alunos que ele tem problema na cabeça, que ele tem doença mental", disse.


A Prefeitura informou que a professora teria encaminhado o bilhete aos pais sem consentimento da direção da escola. Também informou que ofereceu acompanhamento psicológico para a educadora. A professora não foi dar aulas nesta terça-feira.


Meu Comentário

Trabalhar com a indisciplina na Escola, é  um trabalho difícil e complicado.Fica na teoria só não vai revolver muitas coisas, e olhar a criança que tem um comportamento indisciplinado de forma pragmática é pior ainda. Precisamos como educadores, realizar antes de tudo uma autoanálise, sobre nossas práticas e sobre o contexto histórico social desta criança, para que em situações de indisciplina, não agirmos de forma agressiva e violenta também. Neste caso, precisamos pensar no contexto. É necessário que existam os limites, porém o dialogo é essencial com o aluno, com o professore e com os seus responsáveis.Escutar, ouvir o silencia. Dialogar.

Como coordenador de uma escola publica, vivencio cotidianamente situações de agressões e violência no ambiente escolar.São muitas queixas de professores e de colegas de classe. Todos na escola precisam se unir contra o comportamento indisciplinado. Todos educam no ambiente escolar: o porteiro, a merendeira, o zelador, a auxiliar de classe, a professora, o coordenador. Todos devem combater todo e qualquer tipo de violência e descriminação, no ato. Chamar a atenção, reclamar, mostrar que esta atento, e que não gostou, informar a direção. Quem observa qualquer ato de violência e descriminação no ambiente escolar e ignora, esta colaborando para que a violência se propague na escola. O professor deve tomar muito cuidado com as meditas tomadas de forma isolada. Os casos devem ser em caminhados a direção/coordenação para que todos juntos possam pensar na melhor forma de lidar com as situações. É  preciso que a criança entenda que o que estamos repudiando é o ato de violência e agressão, e não transferir a nossa raiva momentânea para a criança.A criança precisa ser protegida e ajudada a agir de forma disciplinada. Educação e escola não se faz sozinho, se faz em grupo. Como afirma  João Cabral de Melo Neto no poema Tecendo a Manhã.

Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito de um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.


20 de junho de 2012

Modelo de Projeto sobre Bullying: Vamos agir contra a violência escolar

Projeto sobre Bullying: uma proposta didática / Livro sobre homofobia infantil / Preconceito Racial / Bullying contra crianças com necessidades educativas especiais.
 
 
Publiquei recentemente este livro ...
 
 

 O livro O Diário de Davi: preconceito racial, homofobia e bullying na escola, é um texto literário, escrito pelo professor Silvano Sulzart. Temáticas como: homofobia, ciberbullying, preconeito racial e outras questões aparecem na trama. Davi, em uma narrativa envolvente e singela, conta suas dores e dilemas que vive na escola. A história revelará como a amizade vence o medo, e a ternura e o perdão fazem brotar esperança, sonhos e novas relaçõesm no espaço escolar. Através da leitura deste livro, você será capaz de identificar se seus filhos ou alunos estão sendo vítimas de bullying, homofobia na escola e encontrará ainda pistas de como combater o bullying, dentro e fora do espaço escolar.



 
Prezados, estou disponibilizando um Projeto Didático sobre Bullying. Este projeto pedagógico pode ser aplicando em qualquer escola, existindo claro as devidas modificações. Estou postando aqui, para socializar experiências.Este projeto foi aplicado e mais de 100 escolas.
 
Projeto Bullying: diga não as ameaças, tiranias, opressões, intimidações e humilhações.



APRESENTAÇÃO

Este projeto será desenvolvido na Escola x .na turma x com cerca de x alunos, tendo como temática central a reflexão sobre o Bullying tanto na escola, como na sociedade em geral. Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.

Pretende-se discutir com este projeto as situações ocorridas no ambiente escolar caracterizada como bullying, além disso, este projeto visa  discutir formas de convivência no espaço escolar, valorizando a amizade, os valores humanos e a integração entre os envolvidos no projeto.


JUSTIFICATIVA


A prática do Bullying, tornou-se algo comum nos espaços educacionais, provocando cada vez mais atitudes violentas, tantos dos agressores, como das vitimas.

Discutir as questões ligadas a prática do bullying com toda a comunidade escolar, é importante, pois, proporciona a reflexão e evita que novos casos de bullying ocorra nas unidades escolares. Este projeto pretende atuar, tonto com os alunos, como pais e responsáveis, buscando medidas educativas que combatam as ações de violência na escola.

A popularidade do fenômeno cresceu com a influência dos meios eletrônicos, como a internet e as reportagens na televisão, pois os apelidos pejorativos e as brincadeiras ofensivas foram tomando proporções maiores. "O fato de ter conseqüências trágicas - como mortes e suicídios - e a impunidade proporcionaram a necessidade de se discutir de forma mais séria o tema", aponta Guilherme Schelb, procurador da República e autor do livro Violência e Criminalidade Infanto-Juvenil


OBJETIVO GERAL

Pesquisar e refletir sobre as causas e conseqüências do bullying, tomando como partida as narrativas de alunos, professores, pais e responsáveis.

Objetivos Específicos

  • Discutir com os alunos as principais causas de bullying.
  • Refletir sobre a necessidade de desenvolvermos ações educativas contra o bullying na unidade escolar.
  • Aplicar atividades orais e escritas que estimulem a reflexão sobre as práticas de violência no espaço escolar.
  •  Discutir o respeito as diferenças no espaço escolar.
  • Construir uma proposta de regras de convivência e contra o bullying na unidade escolar.
 
METODOLOGIA

Este projeto será desenvolvido através de leituras, discussão de textos, trabalhos em grupos, proporcionando uma reflexividade sobre as causas e conseqüências do Bullying. Também serão  utilizada as seguintes estratégias metodológicas:


  
CLIENTELA

Alunos, professores e toda a comunidade escolar.


  
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

FANTE, Cleo. Fenômeno Bullying – Como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. 2ª edição. Campinas SP: Veros Editora, 2005.

PEREIRA, Beatriz Oliveira. Para uma Escola sem violência: estudo e prevenção das práticas agressivas entre crianças. Edição: Fundação Calouste Gulbenkian, 2002.



Sites para Leitura complemetar.
  
Obs: Elabore um cronograma com as datas e as atividades que serão realizadas. Mobilize toda a escola para aplicação deste projeto. Convite os alunos a criarem cartazes outdoor, links, postagens e etc.

Sucesso e não deixe de me enviar um e-mail contando-me como foi apresentação dos filmes e a aplicação do projeto.

Plano de Aula Sobre Bullying: Atividade Interdisciplinar - O Diário de Davi



Este livro esta muito bom. Livro para crianças e adolescente que aborda a temática do bullying de forma leve e emocionante. O livro O Diário de Davi: preconceito racial, homofobia e bullying na escola, é um texto literário, escrito pelo professor Silvano Sulzart. Temáticas como: homofobia, ciberbullying, preconeito racial e outras questões aparecem na trama. Davi, em uma narrativa envolvente e singela, conta suas dores e dilemas que vive na escola. A história revelará como a amizade vence o medo, e a ternura e o perdão fazem brotar esperança, sonhos e novas relaçõesm no espaço escolar. Através da leitura deste livro, você será capaz de identificar se seus filhos ou alunos estão sendo vítimas de bullying, homofobia na escola e encontrará ainda pistas de como combater o bullying, dentro e fora do espaço escolar.



A Violência no contexto escolar tem sido discutida de muitas formas. Percebemos que a cada dia os casos de agressões verbais e físicas têm aumentado gradativamente na escola. O que fazer? Como discutir com os alunos certas questões? Quais atividades podem facilitar a reflexão sobre a violência escolar? Falar teoricamente o que é Bullying é importante, porém melhor do que a teoria é proporcionar a reflexão sobre a realidade.  Quero propor neste espaço 10 sugestões simples de planos de aulas/ atividades para promover a discussão sobre o Bullying e a Violência no Espaço Escolar.

Disciplina: Atividade Interdisciplinar

Objetivo: Promover a discussões, reflexões e a escuta sobre a Violência no Espaço Escolar. Discutir possíveis possibilidades de ações contra o bullying incentivando a troca de experiências e o diálogo.

Metodologia:

Leitura e Discussão do Texto: O Diário de Davi Satil: Uma vítima de Bullying

Questões, que podem ser discutidas após a leitura do texto com a turma.
  1. Na escola, fazemos amigos, brincamos, estudamos e criamos laços afetivos. O que a escola representa para você?
  2. O que Davi sentia ao ir para a escola? Explique os motivos que estavam contribuindo para que ele desejasse mudar de escola?
  3. Que tipo de Violência acontecia com Davi? Você já passou por situações semelhantes? Quais?
  4. Qual a importância do diálogo entre pais x filhos, alunos x professores?
  5. Em grupo elabore sugestões para ajudar Davi a superar o Bullying, baseado nos sentimentos e questões que ele escreveu em seu diário.
  6. Como a professora poderia ajudar Davi? Elabore junto com seus colegas uma resposta no lugar da professora.
Outras Sugestões:

Produção de Textos: Após a leitura do texto,  incentive a turma a produzir um texto em forma de diário relatando alguma vivência sobre violência no Espaço Escolar. Eles podem narrar senas do cotidiano da escola, além de também poderem expressar seus sentimentos e opiniões.

Divida a turma em grupos e solicite uma dramatização,  propondo uma sugestão contra o Bullyng. Poste um comentário abaixo, sugerindo outras atividades a partir deste texto. Se desejar elabore perguntas com seus alunos sobre bullying e envie para mim que terei  prazer em respondê-las.

Leia outras dicas de atividades sobre Bullying no meu Blog : http://silvanosulzarty.blogspot.com/search/label/Bullying

Sugestão de Texto e Atividade para trabalhar sobre Bullying

O Diário de Davi Satil: uma Vítima de Bullying
 
Não sei o que acontece, as vezes me acho diferente dos meus colegas,  queria sumir,  me esconder dentro de um baú, e de lá não sair tão cedo, sinto uma dor, e doi mais quando penso, que amanhã terei que voltar lá outra vez e encontrarei aqueles meninos. As vezes eu me sinto tão só, mesmo tendo muita gente por perto de mim. Fico com medo de chegar na escola, pegar o transporte e ter que ouvir aquelas palavras.Tudo isso é tão doloroso, que parece que estão espremendo o meu coração...fico sem letras e palavras para escrever.

Minha mãe, diz que eu tenho que falar tudo para ela, mas para quê falar? Preciso de ajuda querido diário. Ela não tem tempo para mim. Como um menino de 13 anos, fica assim? Tristonho, moribundo e com medo.Se eu fosse forte e alto, quem sabe as coisas seriam diferentes. Sou meio gordinho e o médico diz que tenho que fazer regime. Regime é uma lista enorme de coisas que te proibem de comer. Eu não como muito, só gosto de chocolate, torna de maçã, refrigerante, e minha sobremesa preferida é pudim.Na lista do regime, sou proibido de comer tudo isso.

Na semana passada, o Pedro e o Daniel tomaram meu lanche.Fiquei com tanta raiva, que se eu pudesse fazia eles sumirem no mapa. Mas tem também as gêmeas lá da sala, que ficam me chamando de Baleia Orca, eu até fui no Google ver como era essa tal Orca, e não acho que pareço muito com elas não.As Orcas são chamadas de baleias assassinas e chegam a pesar nove toneladas. Eu só peso 78 quilos, é pouco considerado o peso das Orcas.

Já pedir para a minha mãe, me tirar desta escola, mas fico com medo de na outra escola,  tudo se repetir,  e tem uma outra coisa, gosto muito da professora e no recreio, pois  vou sempre para a sala de leitura e fico lá, pelo menos ninguém fica me perturbando.Queria ser diferente do que sou, quem sabe assim eles me aceitariam. O João é o único que não me provoca, ele é meu melhor amigo. Ser diferente é errado? O que faço para que eles parem de me perseguir? A professora as vezes ver tudo o que acontece, reclama e fala com todo mundo, mas no outro dia começa tudo de novo.Não posso ficar chorando assim.
 
Já inventei que estava me sentido mal para não ir à escola, sei que isso é errado, mas o que faço?  Fico desanimado, e vejo que se a situação agravar, não irei ser  mas advogado, pois tirei uma nota ruim em matemática, pois estava chateado. Os meninos logo na chegada me perguntaram  sobre o lanche de  hoje.Qual seria o cardápio? Um dia eles me pagam, quando eu for advogado, eles vão ver.

Já olhei tudo, para ser advogado eu tenho que fazer uma prova  chamada de vestibular. Caso eu passe vou ingressar na Faculdade de Direito. Vamos ver se com as leis eles vão brincar. Já até sonhei com tudo isso.Pensar que eles vão ser punidos me alegra.

Mas sabe de uma coisa? Amanhã irei entregar esta folha do diário a professora e pedir para ela só ler quando chegar em casa.Ela pode me ajudar a ser advogado, e prender logo todo mundo que me faz, me sentir tão diferente e triste assim.Sei que vai doer, mas não se preocupe, a folha vai e volta, desta forma continuaremos amigos.

Ps: Prezada professora, favor após a leitura me devolver a página do diário, ele vai agradecer.

Ps 2: Não conte para ninguém o que esta escrito aqui. São minhas histórias. Posso confiar em você? 

Ps 3: Você me acha parecido com uma Orca? Tem mais coisas, muito mais, mas o meu diário ficaria triste se as outras páginas tiverem que sair dele.

Silvano Sulzart


Confira as Sugestões para utilizar este texto aqui: 

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